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Tratamento da Rinossinusite

O que é Rinossinusite?

Rinossinusite é todo processo inflamatório da mucosa de revestimento da cavidade nasal e dos seios paranasais. O termo “Rinossinusite” é atualmente o preferido, ao invés do termo “Sinusite”. Isso porque dificilmente existe inflamação dos seios paranasais sem que haja também o acometimento da mucosa nasal.

Sintomas da Sinusite/Rinossinusite

Segundo o consenso Europeu sobre Rinossinusite (EPOS – European Position Paper on Rhinosinusitis and Nasal Polyps), a rinossinusite é caracterizada por dois ou mais dos seguintes sintomas, sendo obrigatória a presença de pelo menos um dos dois primeiros:
  • Obstrução/bloqueio/congestão nasal
  • Descarga nasal (gotejamento nasal anterior/posterior)
  • Dor ou pressão facial
  • Diminuição ou perda do olfato

Em crianças, o sintoma “tosse” também está presente com frequência.

Tipos de Rinossinusite

Quanto ao tempo de evolução da doença, as rinossinusites podem ser classificadas em:

  • Aguda: sintomas de início súbito e que desaparecem em até 12 semanas.
  • Crônica: sintomas presentes por mais de 12 semanas.
  • Aguda recorrente: quatro ou mais episódios de rinossinusite aguda no intervalo de um ano, com resolução completa dos sintomas entre essas crises.

Fatores de Risco

As rinites, como a alérgica, por exemplo, são consideradas fator de risco para a rinossinusite. Por causarem edema (inchaço) da mucosa nasal, principalmente ao redor dos óstios de drenagem dos seios paranasais, provocam hipoventilação sinusal e retenção de secreções.

Além das rinites, as infecções dentárias e variações anatômicas nasais, como desvio septal, concha média bolhosa, obstrução coanal (hiperplasia adenoideana, atresia/estenose), pólipos nasais, células de Haller e hipoplasia de seios paranasais também podem predispor quadros de rinossinusite.

A rinossinusite crônica parece representar uma síndrome com múltiplas etiologias. As imunodeficiências, congênitas ou adquiridas, podem favorecer o aparecimento de rinossinusite crônica (baixas titulações de IgA, IgM e IgG).

Doenças hereditárias como a fibrose cística (mucoviscidose), Síndrome de Kartagener (tríade: sinusite, bronquiectasia e situs inversus), discinesia ciliar primária são situações que alteram o clearance mucociliar também resultando em rinossinusite.

A rinossinusite é também apresentação comum das doenças granulomatosas (sarcoidose e granulomatose de Wegener) e autoimunes (lupus eritematoso sistêmico, Síndrome de Sjögren).

Além disso, fatores ambientais, como a poluição e a exposição ao tabagismo, podem agravar casos de rinossinusite.

Existem poucos estudos sobre a influência do refluxo ácido gastro-esofágico na patogênese das rinossinusites bacterianas. Porém, devido ao seu potencial em causar diminuição da atividade ciliar, o refluxo deve ser considerado um fator predisponente potencial.

Exames Complementares

Entre os exames complementares para o diagnóstico da rinossinusite, estão:
  • Endoscopia nasal (videoendoscopia nasossinussal ou nasofibroscopia): é recomendada para pacientes com queixas nasais. Pode ser realizada utilizando-se endoscópios rígidos ou flexíveis.
  • Tomografia Computadorizada: é a modalidade de exame de imagem de escolha para a avaliação das rinossinusites. Está indicada em rinossinusites agudas que não estejam evoluindo bem mesmo com o tratamento clínico adequado. É indicada também nas crônicas e agudas recorrentes, nas complicações das rinossinusites e quando há indicação cirúrgica.
  • Ressonância Magnética: tem maior valor para a avaliação de complicações regionais e intracranianas de doença nasossinusal. É também indicada no diagnóstico diferencial com processos neoplásicos e na suspeita de rinossinusite fúngica.
  • Radiografia simples (RX): estudos comparativos entre a radiografia simples e a tomografia computadorizada tem demonstrado a sua pouca acurácia. De maneira geral, o valor diagnóstico do RX simples dos seios paranasais é controverso e discutível. Atualmente, é pouco utilizado.

Tratamento da Rinossinusite

O tratamento da rinossinusite consiste na adoção de algumas medidas gerais, como:

  • Hidratação adequada
  • Umidificação do ambiente
  • Identificação de agentes que causem alergia e evitar exposição a eles.

Além disso, podem ser indicadas outras ações, tais como:

  • Lavagem nasal com solução salina: o uso de solução salina nasal leva à melhora clínica dos pacientes, principalmente da tosse e secreção nasal.
  • Corticoesteróides nasais: indicados nos casos de rinossinusite (tanto aguda como crônica) para melhora de edema da mucosa nasal, principalmente nos arredores dos óstios de drenagem dos seios paranasais. Além disso, auxiliam no tratamento de fatores de risco associados, como as rinites.

Antibioticoterapia

O antibiótico deve ser reservado para os casos de rinossinusite aguda em que há piora dos sintomas após 5 dias do início do quadro ou persistência dos sintomas após 10 dias. Até esse período, a maioria dos quadros ainda podem ser de etiologia viral. A antibioticoterapia também deve ser considerada para pacientes com febre alta ou dor (unilateral) facial severa. No entanto, a prescrição do medicamento deve ser individualizada e realizada pelo médico.

A escolha do antibiótico deve levar em consideração a prevalência dos microorganismos produtores de B-lactamase, a severidade e evolução da doença, o risco de complicações e o uso recente de antibióticos. O tempo de tratamento deve ser de 10 a 14 dias nos casos de Rinossinusite aguda, de acordo com a gravidade. A falta de resposta em 72 horas ou mais define a falha terapêutica. Nos casos de rinossinusite crônica, pode-se utilizar antibioticoterapia por períodos mais prolongados.

Cirurgia de Sinusite/Rinossinusite

A cirurgia para tratamento da sinusite/rinossinusite deve ser considerada nos casos de rinossinusite aguda recorrente ou crônica, quando o tratamento com medicamentos falha. A cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais (FESS – Functional Endoscopic Sinus Surgery) é recomendada na grande maioria desses casos. 

Com a utilização da videoendoscopia, microcâmera e pinças específicas, o cirurgião pode visualizar com detalhes todas as estruturas internas do nariz, principalmente de sua parede lateral, onde encontram-se os óstios sinusais, canais estreitos que servem de via de drenagem de secreção dos principais seios paranasais, levando a uma melhor ventilação dos seios da face. Dessa forma, comparando com as técnicas onde não se utilizava a videoendoscopia, o procedimento tornou-se muito menos invasivo. Assim, possibilita um período de recuperação pós-operatório mais tranquilo e rápido, além de melhores resultados a médio e longo prazos.

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