A otoplastia é a cirurgia realizada para corrigir a orelha proeminente, conhecida como “orelha de abano”. A alteração costuma trazer muitos incômodos para o paciente nas mais diversas faixas etárias – inclusive na infância.
A orelha completa seu desenvolvimento ao redor dos 6 anos de idade, exatamente no período da pré-escola e início do ensino fundamental. Sendo assim, não são incomuns relatos de crianças e pais sobre bullying na escola.
Geralmente, os problemas acontecem na forma de apelidos pejorativos relacionados ao formato da orelha da criança. Dessa forma, podem causar danos à construção de sua autoestima.
Abaixo, veremos como a “orelha de abano” pode ser corrigida.
Causas da orelha de abano
No geral, os pacientes com “orelha de abano” costumam apresentar:
- Malformação na anti-hélice: a ausência ou deficiência de uma curvatura (dobra) nessa região, fazendo com que a orelha fique mais aberta.
- Crescimento exagerado da cartilagem da concha auricular: a cartilagem desta forma empurra a orelha para a lateral.
Orelha de abano: procurando ajuda
Assim que a “orelha de abano” for percebida, é importante observar se esta criança está sofrendo algum tipo de bullying e, neste caso, procurar ajuda médica. A otoplastia pode ser realizada em crianças a partir dos 6 anos de idade.
Além disso, a otoplastia também pode ser realizada em adultos por questões essencialmente estéticas, não havendo limite de idade.
Assim, o primeiro passo no tratamento é procurar um Médico Otorrinolaringologista ou Cirurgião Plástico qualificado neste tipo de cirurgia. Na consulta, este profissional deverá realizar os exames clínicos necessários. O objetivo é verificar se, além da alteração estética das orelhas proeminentes, existem outros problemas associados.
“Na Clínica Carreirão, além do exame clínico completo, são realizadas fotos padronizadas que nos ajudam a identificar as principais queixas do paciente. Assim, também podemos analisar de forma mais detalhada a anatomia da orelha.” – Dr. Waldir Carreirão Neto, Otorrinolaringologista e Cirurgião da Face (CRM/SC 10892 – RQE 8167).
Procedimento cirúrgico
A otoplastia pode ser feita com anestesia geral ou com uma combinação de anestesia local e sedação. O procedimento dura cerca de 1h30. A cicatriz fica atrás da orelha e é praticamente imperceptível.
Dependendo do tipo de alteração anatômica presente na “orelha de abano”, é necessário realizar manobras específicas para corrigi-las, como:
- Suturas para aumentar a curvatura da anti-hélice.
- Ressecção de um fuso de pele da região retroauricular.
- Ressecção de uma porção da cartilagem da concha auricular.
- Suturas para aproximar a concha auricular da mastóide, etc.
Vale ressaltar que o objetivo na otoplastia é tratar a “orelha de abano”, trazendo a orelha para uma posição mais natural e próxima da cabeça/mastóide possível.
Por isso, é importante durante a cirurgia seguir uma série de medidas, ângulos e parâmetros pré estabelecidos na literatura médica. Dessa forma, evitamos resultados artificiais e que possam até mesmo prejudicar sua audição.
Pós-operatório
Terminada a otoplastia, o paciente deixa o centro cirúrgico com um curativo (faixa) compressivo nas orelhas. Esse curativo é retirado em 24 – 48 horas.
“Nos dias seguintes, o paciente passa a usar uma faixa parecida com aquelas utilizadas por bailarinas e tenistas. Essa faixa faz com que a orelha fique próxima da cabeça e protegida.” – Dr. Waldir Carreirão Neto, Otorrinolaringologista e Cirurgião da Face (CRM/SC 10892 – RQE 8167).
Durante esse período, os pacientes devem evitar exercícios físicos vigorosos. É importante que os pacientes que possuam cabelo comprido mantenha-o preso, para que este não interfira no local da cirurgia e na posição da orelha.
Ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco! O Dr. Waldir Carreirão pode lhe ajudar
Sobre o Autor
-
O Dr. Waldir Carreirão (CRM/SC 10892 RQE 8167) possui Residência Médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, com título de Especialista em Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial e Associação Médica Brasileira (AMB).
Também realizou Complementação Especializada (Fellowship) em Cirurgia Plástica Facial e Doutorado pela Faculdade de Medicina da USP. Atualmente, é membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face e membro da International Federation of Facial Plastic Surgery Societies (IFFPSS).
É Professor Adjunto de Otorrinolaringologia da Graduação de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina e Médico Otorrinolaringologista no Hospital Universitário da UFSC. Sua área de atuação dentro da Otorrinolaringologia possui Ênfase em Rinoplastia e Cirurgias Nasais.
Últimos Posts
- 23/02/2023NarizRinoplastia ou rinomodelação? Entenda as diferenças e características dos procedimentos
- 21/07/2022NarizSelfies, redes sociais, nariz e rinoplastia
- 19/05/2022NarizTipos de rinoplastia: qual a melhor técnica para o meu caso?
- 02/05/2022NarizDúvida do paciente: qual a melhor época para fazer a rinoplastia?